Computador vestível ajuda a investigar crime

Equipe no Reino Unido criou PC superequipado e portátil para ajudar trabalho policial.
Câmera e GPS estão entre os recursos, além de possibilidade de intercâmbio de dados.

Computador Vestível
Protótipo mostra pequeno computador no topo da imagem; emaranhados de fio liga sensores (RFID, câmera e GPS) e interfaces (headset). Plástico para embalar evidências têm chips RFID (Reprodução).

Um aliado computadorizado para investigação de cenas de crimes — que realiza tarefas entediantes, como documentar corretamente evidências — está sendo restado no Reino Unido. Resultados iniciais dos testes indicam que o serviço permite aos investigadores realizar relatórios melhores na metade do tempo necessário sem ele.
Os investigadores de cenas de crime (chamados em inglês de CSIs) devem recolher, organizar e descrever as evidências em uma ocasião do tipo, disponibilizando relatórios detalhados para agentes policiais. O cientista da computação Chris Baber, junto com seus colegas na Universidade de Birmingham, no Reino Unido, criou o sistema para tornar esse processo mais rápido e facilitar investigações, podendo aumentar a possibilidade de achar os culpados.
O protótipo consiste em um pequeno e fino computador aproximadamente do tamanho de um livro, equipado com GPS, câmera digital e identificação por radiofreqüência. O CSI o ‘veste’ no corpo e também conta com fones de ouvido e microfone para dar comandos de voz ao sistema –- para acionar a câmera digital embutida, por exemplo, ou gravar uma descrição verbal da evidência.
Segundo o site da publicação “New Scientist”, quando o equipamento identifica o comando para catalogar uma nova evidência, ele utiliza GPS para marcar sua localização. O CSI então embala a evidência e a classifica com uma etiqueta com radiofreqüência — que o sistema pode associar com o horário, localização e tipo — em conjunto com uma descrição oral e fotografias.

Riqueza de detalhes
Além de ganhar tempo e evitar atividades repetitivas, Baber afirma que o sistema permite aos investigadores produzir relatórios mais ricos. Um tipo de quadro cronológico vai sendo criado conforme o CSI avança na investigação.
Uma medida simples, como tirar mais fotografias relacionadas a partes específicas das evidências, pode prevenir pequenos erros com grandes conseqüências, aponta Baber. Por exemplo: tirar uma foto antes de recolher as impressões digitais em uma janela preserva sua orientação inicial, possivelmente indicando o que alguém estava fazendo quando deixou essas marcas.
O sistema foi testado por cinco CSIs experientes do centro de treinamento forense da Escola de Treinamento da Polícia Nacional do Reino Unido. Em testes, a novidade diminuiu pela metade o tempo necessário para realizar um relatório padrão. “Isso permite que o CSI fique mais atento à cena e atue em mais casos por dia”, afirma Baber.

Compartilhando dados
Os criadores do sistema estão interessados em utilizá-lo para ajudar na apuração de crimes comuns. “Crimes como roubo, quando o investigador tem apenas 20 ou 30 minutos para analisar a cena, são a maior parte de seu trabalho”, afirmou Baber. “São nestes casos que podemos fazer mais diferença”.
A equipe está agora desenvolvendo uma versão melhorada do equipamento, que atue melhor ao compartilhar dados entre equipes diferentes de investigadores colocadas no mesmo trabalho. Eles esperam que isso previna confusões e evidências repetidas.

Fonte: G1 > Tecnologia – NOTÍCIAS

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