Preparem o seu celular para os QRCodes

Não sei se vocês perceberam, mas sou apaixonado por QRCodes. Mas afinal, o que seriam esses tal QRCodes? Navegando por aí na internet, procurando algo sobre eles, achei uma matéria muito interessante e resolvi postar aqui no blog para um maior entendimento do público.
E como o título do post diz, se você está antenado nas coisas que estão acontecendo em BH, prepare seu celular!

Estampado em revistas, crachás, obras de arte e até nas lápides de cemitério, os códigos 2D trazem um jeito novo de acessar informações no celular!

QRCode
QRCode

Na camiseta, no site e até na caneca do professor Eric Eroi Messa, de 32 anos, está estampado um ícone composto por vários quadradinhos, o QR Code. Para decifrar esse código bidimensional, basta aproximar a câmera do celular e fotografar o símbolo. O que você vai encontrar lá? O endereço do blog dele, o e-code. “O QR Code acaba atiçando a curiosidade das pessoas”, diz Messa. O aumento do número de smartphones com câmera no Brasil vem abrindo espaço para o uso de códigos 2D, apresentados em diversos formatos — o mais famoso deles é o QR Code, da sigla Quick Response.

Além da câmera, o smartphone precisa ter um aplicativo leitor para decifrar o código. Por isso, não é qualquer celular com câmera que pode ler o QR Code. É necessário também que o aparelho rode um sistema operacional que permita a instalação do software.

Não há números oficiais sobre o total de smartphones compatíveis com o QR Code no país. Mas uma estimativa da gaúcha Trevisan Tecnologia, que desenvolve soluções usando o código, dá uma pista. A empresa calcula o número em 40 milhões de aparelhos no Brasil. “Até agora, o uso da tecnologia era focado mais em aplicações corporativas, como o controle de logística”, diz Alexandre Trevisan, sócio da empresa. Atualmente, o público é bem mais abrangente: o código 2D está em campanhas de publicidade, obras de arte e até em crachás de funcionários.

Os QR Codes ganham pontos em relação ao tradicional código de barras, aquele usado nos supermercados por exemplo, pois guardam mais informações e são lidos com mais facilidade. Como comparação, o código convencional permite incluir apenas 13 dígitos numéricos, contra 7089 caracteres no QR Code. Há ainda a vantagem de poder usar caracteres alfanuméricos — nesse caso são 4296 caracteres. A leitura é possível até em casos em que o símbolo estiver sujo ou apagado, pois há uma tecnologia de correção de erros. Para seus alunos do curso de publicidade e propaganda da faculdade Faap, Eric Eroi Messa propõe a adoção da tecnologia nos trabalhos. “É uma ponte entre o meio impresso e o digital, que abre espaço para a criação publicitária.

No jornal A Tarde, de Salvador (BA), o QR Code é usado diariamente para complementar o conteúdo do veículo impresso. Quando a reportagem fala de um show ou filme, por exemplo, o código dá acesso a um texto com a programação. Nesse caso, o usuário do celular não paga pelo tráfego de dados. Ao acessar um link e clicar nele, o leitor paga à operadora a tarifa pelo acesso à web. Nas notícias de futebol, o jornal publica códigos que levam para o site com vídeos dos gols. “O preço do tráfego de dados ainda é um obstáculo a esse tipo de serviço”, diz Ana Carolina Casais, coordenadora de novos negócios do grupo A Tarde.

Mania japonesa

O produtor musical Fernando Mello, mais conhecido como Maestro Billy, de 37 anos, publica um QR Code no canto do seu blog, sugerindo a música da semana, para divulgar o trabalho de amigos. Billy teve a idéia de adotar a tecnologia em janeiro, quando estava viajando pelo Japão, país onde foi criada a tecnologia, em 1994. “Lá, o QR Code é bem difundido, presente nos cartões de visita, em pôsteres de shows, nas embalagens de remédios.” E, acredite se quiser, até no cemitério tem QR Code. A fabricante japonesa de lápides Ishi no Koe usa a tecnologia para dar acesso a um site com a ficha do falecido.

Na empresa Fivecom, em Vila Velha, no Espírito Santo, os 30 funcionários têm o código QR com seus contatos estampado no crachá. “É prático, pois a pessoa recebe no celular um arquivo no formato CSV, com informações que são sincronizadas com o Exchange e o Notes”, diz Eustáquio Martins, diretor de novos negócios da empresa.

Em breve, o QR Code também será usado em cinemas e restaurantes brasileiros. Quem compra o ingresso para as sessões do Cinemark pela internet já recebe pelo celular uma mensagem com o código. “Diversas salas de cinema em São Paulo contarão com máquinas capazes de ler o ingresso digital“, segundo Solange Almeida, diretora de tecnologia do Cinemark. Nesse caso, não é preciso nem ter câmera, o telefone serve apenas como um substituto ao tíquete de papel. “Essa solução atende a 80% dos celulares, que não precisam ter uma tela de alta resolução, pois o sistema lê a informação com mais facilidade”, diz.

Já está em teste um sistema que permitirá usar o leitor de QR Code do celular para pagar a conta do restaurante. Ele poderá ser adotado por estabelecimentos que usam o popular software Colibri, segundo Carlos Teixeira, sócio da Ideias do Futuro, empresa que desenvolveu a tecnologia. “No QR Code dá para colocar a referência inteira do atendimento de uma mesa”, diz. Outra solução que a empresa está testando é a Música Flash Click, que permite comprar uma faixa pelo celular, clicando em um código QR.

Até nas exposições de arte o QR Code já ganhou espaço. Em Viena, na Áustria, um código 2D foi publicado no pôster de divulgação da mostra A Vênus de Willendorf, em agosto. Quem clicava, chegava a um link para um game da estátua. A artista brasileira Martha Gabriel irá apresentar em maio, no evento e-Poetry, em Barcelona, na Espanha, sua obra Rosa Sensível. Entusiasmada com a nova tecnologia, ela montou uma rosa dos ventos com QR Codes. “A intenção é navegar nos sentimentos das pessoas por meio de uma poética codificada de tags”, diz.

Instale para ler o código

iPHONE
Modelo: iPhone 3G, da Apple
Aplicativo: 2D Sense, na App Store

ANDROID
Modelo: G1, da HTC
Aplicativo: Barcode Scanner, na Android Market

SYMBIAN
Modelo: N95, da Nokia
Aplicativo: Quickmark

WINDOWS MOBILE
Modelo: Diamond, da HTC
Aplicativo: i-nigma

BLACKBERRY
Modelo: BlackBerry Bold, da RIM
Aplicativo: Beetagg

CELULARES COM SUPORTE A JAVA
Aplicativo: Kaywa Reader

Faça seu QR Code

Nada mais fácil do que criar seu próprio QR Code. Basta acessar um serviço online e digitar o texto, informações ou URL que serão inseridos no código. Confira alguns sites que fazem o QR Code e outros tipos de códigos 2D, testados pelo INFOLAB:

BeeTagg
generator.beetagg.com
Códigos do tipo QRCode, Datamatrix e BeeTagg

SnapMaze
www.snapmaze.com
Permite fazer QR Codes coloridos

Nokia Mobile Codes
mobilecodes.nokia.com
Opções de código sem três tamanhos

Kaywa
qrcode.kaywa.com/
Crie QRCodes de vários tipos

Matéria original em INFO Professional

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